Acidente vascular cerebral, ou simplesmente AVC: você possivelmente já ouviu falar sobre o problema. Porém, você saberia reconhecê-lo, caso ocorra em alguém próximo, ou em si mesmo?
Neste artigo, explicaremos um pouco mais sobre a circunstância em si, além de expor alguns sintomas típicos. Confira, a seguir.
Acidente vascular cerebral (AVC): o que é?
De acordo com material publicado pelo Ministério de Saúde, o acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC, acontece quando vasos que transportam sangue ao cérebro sofrem rompimento ou entopem.
Em situações do gênero, a área que ficou sem circulação sofre paralisia. Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico e o isquêmico.
Entenda cada um deles, abaixo.
AVC hemorrágico
Como o nome sugere, é caracterizado pelo sangramento em uma parte específica do cérebro, por conta do rompimento de vasos sanguíneos.
É mais comum em pacientes que possuem hipertensão arterial ou portadores de angiopatia amilóide, uma doença inflamatória que pode fragilizar a parede das artérias.
O tratamento dependerá do tipo de lesão e do estado geral de saúde do paciente.
Há quem precise ser tratado com medicamentos intravenosos e orais. Da mesma forma, há quem necessite passar por intervenção cirúrgica após o ocorrido.
A cirurgia tem como objetivo drenar o sangue da região cerebral.
AVC isquêmico
Também conhecido como isquemia cerebral, e popularmente chamado de derrame, este tipo de AVC ocorre quando alguma parte do cérebro fica sem fluxo sanguíneo. Isso acontece por causa de uma obstrução em uma artéria.
Infelizmente, boa parte dos pacientes que passam por um AVC isquêmico, quando não padecem da enfermidade, têm que enfrentar algumas sequelas. Paralisias, dificuldade de falar e alterações na memória pode ser consequências do ocorrido.
O AVC isquêmico é mais comum em pessoas que fumam, são sedentárias, têm histórico de doenças cardiovasculares ou familiares com problemas dessa ordem. Também estão em maior risco pessoas com hipertensão arterial ou colesterol alto.
Indivíduos diabéticos têm duas vezes mais chances de passar por um AVC isquêmico do que pessoas sem a doença. Assim, controlar a glicemia e manter todos os exames clínicos em dia é fundamental para prevenir o problema.
Existe ainda arritmias que são responsáveis pela doença. Cerca de 20 a 30% dos acidentes vasculares cerebrais são de origem cardioembólica, ou seja, causada por coágulos. A principal arritmia conhecida como fibrilação atrial é a principal causa cardiogênica de coágulos.
Pacientes com AVC podem apresentar:
- fraqueza nas pernas ou no corpo como um todo;
- dificuldade de compreensão de palavras simples, esquecimento de palavras ou dificuldade para falar ou emitir sons;
- adormecimento ou sensação de formigamento em um dos lados do corpo;
- tontura;
- perda de equilíbrio;
- dificuldade para andar;
- alterações no campo visual;
- perda de força muscular no rosto, o que pode fazer com que o paciente fique com a boca entortada;
- perda da coordenação motora;
- dores de cabeça intensas, que podem inclusive fazer com que o paciente perca a consciência.
Não é necessário que o indivíduo afetado por um Acidente Vascular Cerebral manifeste todos os sintomas, mas eles podem se apresentar de maneira combinada.
Os sintomas do AVC são súbitos: assim, é necessário levar o paciente imediatamente para o hospital. Quanto mais rápido o atendimento for feito, maiores as chances de sobrevivência.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cardiologista em Uberlândia.