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Entenda a relação entre alimentação e saúde do coração

Com a correria dos nossos dias, não é difícil descuidar de hábitos básicos e saudáveis, como a alimentação. Quantas vezes você, ou alguém próximo, já teve que “pular o almoço” por conta de um compromisso de trabalho. E, para não ficar com fome, comeu um sanduíche feito às pressas, ou um salgado frito?

Tais atitudes, se espaçadas, tendem a não impactar tanto na saúde do corpo. A dieta desregrada por muito tempo, no entanto, é capaz de provocar uma série de problemas de saúde, além de mal estar físico, fadiga e incômodos estéticos.

A alimentação está diretamente ligada ao funcionamento pleno da mente e do corpo. Quando pobre, pode trazer cansaço, dificuldade de concentração e de aprendizagem, perda de memória, aumento de peso, além de alterações nos exames laboratoriais.

O coração também sofre com a ingesta de alimentos ricos em gorduras e produtos ultraprocessados.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre a dieta cardioprotetora brasileira, desenvolvida pelo Ministério da Saúde. Vamos mostrar os benefícios da “comida de verdade” para a longevidade, o bem-estar e felicidade. Confira, a seguir.

Alimentação para o coração: dieta que protege

A dieta cardioprotetora, como comentamos há pouco, foi desenvolvida para prevenir a obesidade, hipertensão e diabetes. Essas são enfermidades que podem engatilhar doenças cardiovasculares e quadros clínicos severos.

A dieta separa os alimentos em grupos de cores. São os seguintes:

Grupo verde, consumo frequente

  • Verduras diversas, como brócolis, espinafre, alface;
  • Legumes, como cenoura, abóbora, beterraba, abobrinha;
  • Leguminosas, como feijão, ervilha e lentilha;
  • Leites e iogurtes desnatados;
  • Frutas, como banana, morango, manga, limão, mexerica.

Grupo amarelo, consumo moderado

  • Óleos vegetais;
  • Cereais, como arroz (branco ou integral), aveia, granola;
  • Massas;
  • Tubérculos cozidos, como batata, mandioca e mandioquinha;
  • Farinhas de mandioca, tapioca, milho ou rosca;
  • Caju, nozes, castanhas e oleaginosas diversas;
  • Mel;
  • Doces de abóbora, coco ou goiaba;
  • Geleia de frutas;
  • Pães.

Grupo azul, consumo que deve ser em baixa quantidade

  • Queijos brancos e amarelos;
  • Manteiga;
  • Ovos;
  • Carnes;
  • Leite condensado;
  • Doces ricos em açúcar, mesmo caseiros (pudim, bolo, torta);
  • Creme de leite.

Fuja dos alimentos ultraprocessados

A dieta que visa proteger o coração e o corpo das enfermidades diversas se baseia, inclusive, na prevenção do consumo de determinados artigos industrializados, que compõem o Grupo Vermelho.

Entre os alimentos que não devem fazer parte da sua rotina, estão:

  • Embutidos, como presunto, mortadela, salame, salsicha;
  • Nuggets ou hambúrgueres congelados;
  • Pós achocolatados, mesmo “diets”;
  • Refeições industrializadas, como marmitas congeladas, lasanhas, macarrões com molho;
  • Macarrão instantâneo;
  • Biscoitos recheados ou salgados de pacote;
  • Farinha láctea;
  • Sorvetes;
  • Molhos prontos;
  • Temperos prontos, como ketchup.

O que mais deve ser evitado?

Pessoas de todos os perfis e idades, com doenças preexistentes ou não, devem tomar cuidado com o consumo de açúcar e sódio (sal).

O sódio está presente na composição de diversos alimentos citados na lista anterior – no macarrão instantâneo, por exemplo, temos cerca de 1900 mg de sódio por pacote. 

O consumo diário recomendado, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é de no máximo 2 g de sódio por dia, equivalente a 5g de sal.

O consumo exacerbado de sódio propicia o surgimento de doenças crônicas, especialmente hipertensão arterial, alterações no funcionamento dos rins e problemas no coração.

O açúcar é mais difícil de controlar, especialmente porque pode estar “camuflado” nos ingredientes de diversos produtos industrializados.

Outros nomes para o açúcar e derivados, igualmente perigosos, são:

  • frutose;
  • sacarose;
  • sorbitol;
  • xarope de arroz;
  • açúcar de cana;
  • açúcar invertido.

O açúcar, além de fornecer quantidades significativas de calorias vazias, ou seja, que não possuem valores nutricionais significativos , está associado ao desenvolvimento de diabetes, obesidade e alteração nos exames laboratoriais.

O vício em açúcar também faz com que o sistema imune fique mais frágil, além de afetar os ossos e deixar o paladar menos propício a sabores diferentes.

Quer saber mais sobre alimentação ideal para o coração? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cardiologista em Uberlândia.