Arritmia cardíaca

Arritmia cardíaca na gravidez: por que acontece?

A gravidez é um período lindo, porém, traz consigo algumas reações corporais novas para as mulheres. É o caso das arritmias cardíacas. Muitas grávidas percebem que o coração que bate mais rápido, mesmo quando se está em repouso. Isso acontece porque esse órgão trabalha até 60% a mais quando a mulher está em período gestativo.

Durante a gestação, algumas doenças que surgem no corpo da mulher a acometem de forma mais grave do que o normal. Isso não é diferente para a arritmia cardíaca, entre outros problemas relacionados como hipertensão, diabetes e insuficiência cardíaca. Nesses últimos casos, o sangue pode ter “dificuldade” para chegar até a placenta, acarretando riscos para o feto, além de riscos para a mãe como infarto, acidente vascular cerebral e problemas renais.

Por que acontece a arritmia cardíaca?

A arritmia na gravidez é a doença cardíaca mais frequente e menos perigosa para a vida da mulher e do feto. Ela acontece porque, durante a gravidez, a quantidade de sangue bombeada pelo coração por minuto aumenta em até 50%. Há cerca de 2 litros de sangue a mais circulando pelo corpo da mulher para que o feto consiga obter mais nutrientes e oxigênio através da placenta. Nesse contexto, a frequência cardíaca em um período de repouso, pode chegar a 100 pulsações por minuto.

O que fazer?

É importante ressaltar que, para as mulheres que já possuem algum problema cardíaco antes da gravidez podem sofrer uma piora da condição. Já as que são plenamente saudáveis irão sentir mais palpitações, cansaço ou fadiga quando fizerem algum esforço físico mais intenso.

Por isso, o recomendável é procurar antes um cardiologista, já que muitos pacientes desconhecem que têm algum problema cardíaco. Então, um check-up é necessário antes da gravidez para que o médico acompanhe com cuidado as alterações cardíacas da paciente.

Apesar disso, é preciso esclarecer que o coração de uma mulher gestante passa a ser mais “forte” nesse período. Isso ocorre justamente para aguentar o aumento do ritmo cardíaco natural da gestação. Por isso, não há motivo para pânico ou decidir ficar sedentária, por exemplo.

Cuidado com a alimentação e peso

Além do check-up e acompanhamento cardíaco, outros fatores podem influenciar na saúde do coração da mulher nesse período. Por a mulher grávida também ter um aumento do volume de líquido no organismo (volume plasmático), as hemácias que transportam oxigênio para o sangue tendem a diminuir de tamanho, aumentando o risco de uma anemia. Por isso, o ferro e as vitaminas devem ser reforçadas nesse período.

Porém, é preciso tomar cuidado para não ganhar muito peso para não haver sobrecarga no músculo cardíaco, fazendo o coração trabalhar mais e provocar problemas como a arritmia. O ideal é engordar, no máximo, 10 quilos durante a gravidez.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cardiologista em Uberlândia