Doença grave, mas pouco valorizada.

Doença grave, mas pouco valorizada.

A Insuficiência Cardíaca é uma síndrome clínica marcada pela contratilidade ou relaxamento cardíaco prejudicados. É uma via final para muitas doenças que afetam o coração, como pressão alta, diabetes, doença aterosclerótica ( infarto) e síndrome metabólica.

Por que é grave?

A mortalidade dos pacientes com insuficiência cardíaca nos países industrializados é tipicamente de 10% a 25% por ano. Entretanto, dependendo da severidade, essa taxa pode ser tão baixa quanto 5% a tão alta quanto 75% por ano.
Em dados dos Estados Unidos, 6% a 21 % da população apresenta insuficiência cardíaca assintomática, proporção que aumenta com a idade. Em um estudo com estes pacientes, concluíram que 10% dos pacientes podem evoluir para insuficiência cardíaca com sintomas e 8% evoluem ao óbito ou internação por insuficiência cardíaca. A gravidade da Insuficiência Cardíaca pode também ser observada em dados de internação hospitalar recorrente. Dados dos seguros de saúde dos Estados Unidos indicam que 12% a 27% dos pacientes hospitalizados devido à Insuficiência Cardíaca são readmitidos dentro de 30 dias após sua hospitalização e a mortalidade por todas as causas atinge 12% no mesmo período.

Quanto custa essa gravidade?

Em 2013, a Insuficiência Cardíaca custou, nos Estados Unidos, mais de 30 bilhões de dólares ( mais de 110 bilhões de Reais). Este valor inclui custos com serviços de saúde, medicações e perda de produtividade.
Em um grande estudo, foi mostrado que 83% dos pacientes internam pelo menos uma vez em algum momento após o diagnóstico de insuficiência cardíaca. 43% são hospitalizados por 4 vezes e mais da metade por causas não relacionadas ao coração.

 

Os pacientes apresentam falta de ar, fadiga e retenção de líquidos e eventualmente acumulam líquido nos pulmões e inchaço nas pernas.

 

 

Tem tratamento?

Devido ao impacto na qualidade de vida, as metas de tratamento são melhorar os sintomas, prolongar a sobrevida e reduzir as internações hospitalares.
Diversos tratamentos com medicações ou não mostraram reduzir a taxa de hospitalizações e melhorar a mortalidade, mas ainda tem muito a ser aprimorado.

 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cardiologista em Uberlândia e Ipameri.

Fontes:
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia e American Heart Association